Você já parou para pensar que, em plena era das redes sociais, com selfies que viralizam e grupos de WhatsApp que pipocam a cada minuto, nunca estivemos tão desconectados de verdade? Pois é. A saúde social — esse músculo invisível que nos une — está atrofiando. E rápido.
Vamos falar claro: não adianta ter 500 “amigos” no Facebook se, na hora de desabafar, você só encontra a caixa de comentários vazia. Não adianta acumular followers no Instagram se, na mesa do bar, ninguém mais sabe olhar nos olhos. Estamos vivendo uma epidemia de solidão disfarçada de conexão . Dados? Claro. Estudos apontam que 1 em cada 4 pessoas se sente isolada mesmo em meio à multidão. E não é só coisa de “gente velha”: millennials e Gen Z lideram o ranking da solidão, segundo pesquisas da Cigna e da Harvard .
A Ciência por Trás do Abraço
A neurociência explica parte dessa crise. O hormônio oxitocina, aquele que nos faz sentir confiança e afeto, é liberado não só no sexo ou no parto, mas também em gestos simples: um aperto de mão sincero, uma conversa sem telas, um cafezinho compartilhado. Quando substituímos isso por likes , cortamos o suprimento desse “combustível da conexão”. Resultado? Ansiedade, depressão e uma sensação persistente de que “algo falta”.
A Tecnologia e o Paradoxo da Conveniência
Ah, a tecnologia! Ela nos salvou da logística do encontro presencial, mas roubou a alma do encontro. Hoje, marcamos reuniões por Zoom, declaramos amor por DM e até choramos por WhatsApp. Prático? Sim. Profundo? Nem tanto. Um estudo da University of Pennsylvania mostra que o uso excessivo de redes sociais aumenta em 27% os sintomas de depressão. Trocamos profundidade por velocidade, e agora pagamos o preço.